Nasci dentro de uma família católica. Nem me lembro qual foi a primeira vez que participei de uma missa. Com certeza eu era criança de colo.
Era comum na minha família, antes que minha querida avó falecesse, comemorar datas religiosas com a celebração do Terço. Eram festas cheias de foguetes, fogueira e bebidas preparadas com pinga, como o Quentão, por exemplo. Era o santo e o humano festejados juntos.
Acompanhava o terço de forma extremamente mecânica. Não parava para pensar nas palavras. Apenas repetia, acompanhando meus parentes e amigos.
Cresci ouvindo minha mãe dizer que dinheiro não trás felicidade. Que fazer coisas erradas é pecado. Que Deus castiga... Cresci participando de grupos de jovens. Hoje sei que não era por pensar que iria para o céu, mas por ter pessoas por perto. Por ter as meninas. Por poder falar em público. Por ter pessoas para elogiar minha inteligência.
Deus era apenas uma conseqüência.
Fazia o que todos faziam. Rezava o que todos rezavam. Defendia a existência de Deus para fazer parte do grupo, assim como um boizinho fuma para fazer parte da turma.
Com o tempo comecei a perceber algumas incoerências aqui e ali, mas me punia por pensar isso pois, afinal, no meu subconsciente, Ele era todo poderoso e poderia me punir. Mas é difícil ter uma lógica tão desenvolvida como tenho e aceitar a existência de um Pai que nunca apareceu. Que nunca se revelou senão através de terceiros ou escondido entre nuvens. É difícil saber que mesmo Ele podendo tudo, nos coloca nesse mundo para sofrermos e pagarmos por nossos pecados. É difícil acreditar que estamos aqui em um processo evolutivo, por não sermos dignos e nem capazes de entender as coisas espirituais.
Uma vez li um artigo com o título: Ateus, graças a Deus. Me lembrei do livre arbítrio, que diz que cada pessoa é livre para seguir seu caminho. Escolhi não acreditar em algo que me manipula, oprime meus sentimentos e que me vigia para ter certeza que não estou fazendo nada pecaminoso. Escolhi viver. Escolhi criar o meu caminho e dar a mim mesmo os créditos quando as coisas derem certas ou erradas e não a um Deus que se esconde. Escolhi não me culpar e ficar pensando o que fiz de errado quando o mundo me deixa triste.
Acredito que não há outra vida além dessa. Que quando morrer irei apenas apodrecer e que o que ficará serão apenas minha existência na memória daquelas pessoas que se lembrarem de mim.
Sei que o único que me sonda sou eu e que vivo só nesse mundo. Ainda assim sou feliz por gostar da vida que tenho, mesmo com todas as dores que sinto, sou feliz.
Era comum na minha família, antes que minha querida avó falecesse, comemorar datas religiosas com a celebração do Terço. Eram festas cheias de foguetes, fogueira e bebidas preparadas com pinga, como o Quentão, por exemplo. Era o santo e o humano festejados juntos.
Acompanhava o terço de forma extremamente mecânica. Não parava para pensar nas palavras. Apenas repetia, acompanhando meus parentes e amigos.
Cresci ouvindo minha mãe dizer que dinheiro não trás felicidade. Que fazer coisas erradas é pecado. Que Deus castiga... Cresci participando de grupos de jovens. Hoje sei que não era por pensar que iria para o céu, mas por ter pessoas por perto. Por ter as meninas. Por poder falar em público. Por ter pessoas para elogiar minha inteligência.
Deus era apenas uma conseqüência.
Fazia o que todos faziam. Rezava o que todos rezavam. Defendia a existência de Deus para fazer parte do grupo, assim como um boizinho fuma para fazer parte da turma.
Com o tempo comecei a perceber algumas incoerências aqui e ali, mas me punia por pensar isso pois, afinal, no meu subconsciente, Ele era todo poderoso e poderia me punir. Mas é difícil ter uma lógica tão desenvolvida como tenho e aceitar a existência de um Pai que nunca apareceu. Que nunca se revelou senão através de terceiros ou escondido entre nuvens. É difícil saber que mesmo Ele podendo tudo, nos coloca nesse mundo para sofrermos e pagarmos por nossos pecados. É difícil acreditar que estamos aqui em um processo evolutivo, por não sermos dignos e nem capazes de entender as coisas espirituais.
Uma vez li um artigo com o título: Ateus, graças a Deus. Me lembrei do livre arbítrio, que diz que cada pessoa é livre para seguir seu caminho. Escolhi não acreditar em algo que me manipula, oprime meus sentimentos e que me vigia para ter certeza que não estou fazendo nada pecaminoso. Escolhi viver. Escolhi criar o meu caminho e dar a mim mesmo os créditos quando as coisas derem certas ou erradas e não a um Deus que se esconde. Escolhi não me culpar e ficar pensando o que fiz de errado quando o mundo me deixa triste.
Acredito que não há outra vida além dessa. Que quando morrer irei apenas apodrecer e que o que ficará serão apenas minha existência na memória daquelas pessoas que se lembrarem de mim.
Sei que o único que me sonda sou eu e que vivo só nesse mundo. Ainda assim sou feliz por gostar da vida que tenho, mesmo com todas as dores que sinto, sou feliz.
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