domingo, 30 de novembro de 2008

Uai sô!

Eram dezoito horas e trinta minutos. Donna me liga e pergunta:

― Onde você está lindinho?

― Na área de alimentação e você?

― Estou aqui no box de embarque. Venha para cá.

Ela, eu e outras duas pessoas estávamos indo viajar para Belo Horizonte.

Chegamos em BH mais ou menos às oito e trinta. Depois de todas aquelas horas cansativas sentados nas poltronas o que queríamos era lavar o rosto, escovar os dentes e tomar um bom café da manhã. Foi o que fizemos. Por volta das dez um amigo de Donna chegou ao terminal rodoviário para nos buscar e levar até à casa de outro amigo nosso, onde ficamos hospedados.

O motivo da viagem foi o Encontro Mineiro de Software Livre. Donna tinha, além desse, outro motivo. Queria reencontrar amigos/as e uma pessoa em especial. Alguém que tem grandes chances de tornar-se namorado dela.

A receptividade do dono da casa, de sua mãe e de sua namorada foi um destaque à parte. A mãe uma pessoa muito divertida e boa de prosa. Ele e sua namorada um casal muito bonito e muito simpático. Fica registrado, aqui, meu agradecimento pela hospedagem e pelos bons momentos que passamos juntos, como o bom bate-papo, regado de wisky e "cheese ball", com o simpático Jon "Maddog" Hall. Foi um momento muito prazeroso.

Além da aconchegante hospedagem valeu a experiência promovida durante o evento, a felicidade de Donna ao trocar beijos com seu pretendente e meu constante pensamento em alguém que ficou em Goiás, alguém que tem um sorriso muito gostoso, que me encanta por sua alegria, sua facilidade em deixar o assunto fluir e por sua capacidade de me manter sempre envolvido e cheio de saudades dela.

E é por isso, mesmo aqui estando tão bom, que quero muito chegar na bonita Goiânia, me encontrar com ela (que não me sai do pensamento) e deixar a vida seguir seu rumo... Ah! Vida, vida minha... Siga nosso caminho me deixando sempre com ela ao lado.



quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Nem imaginava.

Na década de 80, quando comecei a ter acesso à Internet, duas coisas eram febres: as salas de bate-papo e os sites pornográficos.

Pornografia cansa. Salas de bate-papo, como as do UOL cansam. Acabei encontrando, ainda bem, outras atividades interessantes e produtivas nessa grande rede.

A dois domingos atrás, no entanto, cansado de programar, de ver TV e sem ânimo algum de ir a qualquer lugar encontrar conhecidos/as, resolvi verificar se as salas de bate-papo do UOL ainda existiam.

Lá estavam elas. Quase do mesmo jeito. Uma pequena melhoria no visual e na organização das salas. Cliquei em cidades. Escolhi Goiânia. Apareceu a tela para escolher um apelido... Inventei um que já falasse meu sexo, minha idade, e o que estava fazendo ali. Acessei a primeira sala. Estava com mais de 30 pessoas. A primeira mensagem que me apareceu foi de um tal de gatopassivo... Pensei em largar mão daquilo. Mas me lembrei que o tédio fora era igual ou pior àquela sala.

Resolvi tentar uma outra sala. Goiânia, por idade, entre 30 e 40 anos... Muitas mulheres chatas e desesperadamente carentes... Resolvi, então, ir para sala de idade entre 20 e 30 anos.

Me pareceu mais tranqüila.

Ali fiquei prestando atenção nos toscos e raros diálogos que apareciam no aberto. Olhei a lista de pessoas na sala. Nenhum dos nomes me chamou atenção. Voltei a prestar atenção na TV, sempre observando a atividade da sala.

Algumas pessoas entraram em contato e quase sempre ficávamos no trivial: "oi", "de onde vc é?", "qual sua idade?" (como se já não estive no apelido que estava usando), "o que vc faz?"...

Até que vi um apelido que me chamou atenção por causa da idade. Era alguém com 26 anos. Me interessei. Puxei conversa. O papo fluiu. Passei o endereço do meu MSN (outra coisa que fazia tempo que não utilizava). Trocamos endereços de e-mail...

Na terça ou quarta-feira, da semana seguinte, me lembrei que não tinha anotado o endereço de e-mail dela e que meu MSN não salvava logs. Interessado em trocar mais algumas idéias, não pensei duas vezes: acessei novamente o MSN. E o engraçado é que ela também não tinha anotado meu e-mail e estava tentando encontrar nos logs.

De lá para cá não consegui não falar com ela. E o porque disso, vocês saberão nos próximos posts.

E o título que usei aqui se justifica pelo fato de eu nem imaginar que conheceria alguém de alma tão bela em uma sala de bate-papo, muito menos do UOL.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Quanto mais você tenta...

Segundo a Wikipédia, feminismo é um movimento sócio-político que luta pela igualdade das mulheres em relação aos homens. Já foi definido como uma ideologia que objetiva a igualdade - ou o que seria mais preciso - a igualdade entre os sexos. Outros estudiosos definem o feminismo como um conjunto de idéias políticas, filosóficas e sociais que procuram promover os direitos e interesses das mulheres na sociedade civil.

Não entendo nada disso. Sei o que vejo e o que está ao meu redor. Não posso fazer análises baseando-me apenas em textos. Como não estou interessado no feminismo (apesar de me interessar bastante pela igualdade) quero que você que estiver lendo saiba, que o que vou narrar abaixo, é apenas uma observação quanto ao comportamento de algumas pessoas que estão próximas e em especial a uma pessoa que está confusa, muito confusa (nah, não é você hehehehe). Portanto, não questione minha experiência quanto ao feminismo, pois não tenho nenhuma. Não tenho experiência nem mesmo com o machismo.

O fato é que algumas mulheres, talvez influenciadas (ou pressionadas) por amigas, por diversas mudanças hormonais, por terem sido deixadas por aqueles por quem elas juraram amor eterno (e eles a deixaram) ou ainda outros fatores diversos, têm desesperadamente tentado provar que são independentes, que são modernas, e que não precisam de homem para viver...

Elas se esquecem que feminismo é a busca da igualdade e não da superioridade. Se esquecem que naturalmente homens precisam de mulheres e mulheres precisam de homens. Homens gostam de transar com mulheres. Mulheres gostam de transar com homens.

Fico vendo a pequena menina que não era boba se perdendo, nessa busca desesperada para não depender de ninguém. Para não amar ninguém. "Nunca mais", talvez ela tenha gritado sozinha em seu quarto.

Enquanto isso, aqui no meu cantinho, vou vivendo e vendo ela me observar. Talvez ela até me deseje e isso a deixe mais revoltada ainda. Isso não me interessa. Sei que ela precisa do tempo dela. Sempre digo que "o que tiver de ser será".

A única coisa que me perturba é quando pessoas medrosas colocam o dedo nos meus medos, para fugirem dos seus.



Letra
Tradução