quinta-feira, 16 de abril de 2009

Em conversa, com várias pessoas, percebi que a maioria delas querem a mesma coisa: felicidade. Nada mais óbvio e lógico que isso. O que me surpreende é que, ao indagá-las sobre o que é felicidade, cada uma reage e responde de forma aparentemente diferente umas das outras.

Essas pessoas são de sexo, religião, nível cultural, social e político diferentes.

Percebi também que elas, apesar de responderem de forma diferente tem, em comum, a vontade de encontrarem o grande amor ou o amor verdadeiro. Ao perguntá-las, sobre o que é esse amor, as respostas são surpreendentemente diferentes mas, ao mesmo tempo, assustadoramente semelhantes.

É o caso, por exemplo, da menina certinha do interior, que vem morar na cidade grande. Ela trás consigo a ingenuidade que aprendeu com sua família, amigos e tranquilidades (para não dizer falta de oportunidades) da cidade onde morava. Ao chegar na cidade é exposta a uma variedade tentadora de possibilidades. Então responde que "ser feliz é morar na cidade grande". Algum tempo depois, porém, já machucada pela maldade ela responderá: "felicidade eu tive quando morava no interior".

Outro exemplo é o da mulher que está saindo da adolescência e começando a entender sua personalidade. Ela não quer ser mais criança e então diz: "ser feliz é ser madura e independente". Mas irá chorar, várias noites, sozinha em sua cama por não ter o colo carinhoso de sua mãe quando terminar um namoro ou quando a vida lhe fizer profundamente triste.

Refletindo sobre as respostas que obtive, de várias pessoas com as quais conversei nos últimos seis meses, percebi uma coisa: o amor acontece quando duas pessoas, que se completam, encontram-se no exato momento em que esse complemento é bastante evidente ou necessário. E isso acontece sem joguinhos, cobranças, medos ou frescura. Acontece sem que importe o credo, raça, idade, posição social, cultural ou política.

Quando essas pessoas encontram-se, mas não estão nesse timming, mesmo completando uma a outra, o amor não acontece, pois elas, na tentativa de conseguirem o tal amor, farão joguinhos. Irão cobrar coisas que são impossíveis. Irão fechar-se nos seus medos.

Isso fica evidente no 20º capítulo (se não me engano) da primeira temporada de House, em que ele friamente, numa mesa de restaurante, faz uma dura análise do interesse de Cameron por ele. Numa primeira análise podemos imaginar que House é um insensível, um monstro. Numa análise mais profunda, no entanto, é possível ver quão nobre é a alma desse personagem.

Analisando, minha vida e experiências pessoais, percebi o quanto amadureci na questão relacionamento amoroso. Falta, agora, apenas encontrar alguém no mesmo timming que eu. Até lá meus pensamentos, minhas amizades, bons livros e filmes são minhas melhores companhias.

Um comentário:

Bárbara disse...

Depois de algum tempo voltei aqui.
Adorei este post, legal! :-)
Bjus