sexta-feira, 3 de julho de 2009


O que há cravado dentro de um talvez?

Mais uma vez venho falar do timming. Esse que é a fina película que separa uma verdadeira história de amor de casos, amizades, encontros e outras formas de duas pessoas relacionarem.

"O que é timming?", perguntou-me uma das leitoras desse blog. Timming é a curta fração de um milésimo do segundo que une duas almas em uma só. Timming é o tempo. Tempo... Tempo... Timming é o que nos faz chegar, no segundo certo, frente a frente nosso amor.

Quando existe, esse timming, o amor acontece. Um segundo antes ou um segundo depois é o suficiente para que o alguém que você procura ou o alguém que procura por você esteja com um outro alguém.

Muitas pessoas chamam o timming de destino, coincidência, sorte, karma... O nome não importa.

No filme O curioso caso de Bejamim Button, há o relato de como coisas podem acontecer (ou não) por causa de uma outra. No filme, se qualquer um dos acontecimentos tivesse sido diferente, talvez a pessoa não tivesse sido atropelada. Talvez!

Talvez? Não consigo entender o talvez. E a vida quer que eu aprenda. "Lição de vida", poderei dizer aos meus futuros netos.

Timming... Talvez se eu tivesse chegado um segundo antes seríamos ela e eu em um contexto diferente.

Mas não é. Talvez seja, talvez não.

Tempo! Timming! Talvez! Não consigo mais suportar tantas palavras. E fraco, solto e descrente, caminho cabisbaixo em busca da miragem da esperança de que o timming possa estar logo ali adiante.

"O problema com o futuro é que ele muda toda vez que você olha para ele. E muda por você ter olhado". O que para uns pode parecer uma benção, para outros pode ser uma maldição.

E respondendo antencipadamente algumas perguntas que irei receber: não estou triste. Estou apenas desabafando. :-)

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