quarta-feira, 3 de junho de 2009

Cada nota uma emoção. Depois de tanto tempo ouvir, ao vivo, um pianista internacional tocando Chopin, Mozart, Rachmaninov e outros gênios foi prazeroso.

Minha companhia estava linda, perfumada. Estava mulher crescida. Atenta a cada toque no piano. Muito linda! A companhia de um casal de amigos também foi agradável. Casal bonito. Do tipo que me faz querer alguém ao meu lado.

Quase tudo estava perfeito. Faltou ela. Aquela que, ainda, não pode dar-me as mãos para juntos caminharmos, de mãos dadas, por um parque. Por estradas ainda a descobrir.

Meu pensamento, levado por cada nota, algumas vezes suaves, calmas e outras graves e fortes, transcendia meu corpo. Transcendia as paredes do teatro. Foi longe em busca daquele sorriso despojado, cativante, apaixonante. Foi ao encontro dela.

Almas não são presas a nada. Elas transcendem as dificuldades, os medos. Elas são pacientes e esperam quando é tudo o que podem fazer.

Perdi-me nas lembranças de cada frase, cada gesto, cada olhar dela. Por menor que cada momento tenha existido. Pelo pouco que cada um tenha durado. Por menor que tenha sido é o que tenho: esses momentos.

Lembrei-me dela. Muitas vezes. Fechei os olhos e a contemplei: menina, mulher, criança, esperança, alegria.

Minha esperança. Tempo ao tempo.

2 comentários:

Tálita Kardech disse...

...lindas palavras...
Pedi que depois me desse detalhes do espetáculo...mas não esperava detalhes tão minunciosos como esses!!!

Luciana Silva disse...

Cada nota elevava um sentimento.
Por vezes quis comentar o que estava sentindo mas preferi apenas sentir.
=)