quinta-feira, 14 de agosto de 2008

A respeito do Mundo da Luz

Em grande parte, este conto trata de duas pessoas de um mundo muito distante do nosso: o Mundo da Luz. Quem ler descobrirá um pouco sobre a história dele e sobre as pessoas que o habitam, principalmente sobre duas pessoas muito especiais que, por causa de uma história incrível, vieram parar aqui no nosso mundo.

Essas duas pessoas especiais são Adamo, que em nosso idioma significa amante ardente e Ada, sua eterna amada, cujo significado do nome é feliz e próspera. Como este conto é sobre a vida dessas duas, antes de continuar a falar sobre elas, contarei um pouco mais sobre o Mundo da Luz.

Não se sabe qual é a localização do Mundo da Luz. Sabe-se que ele fica muito distante daqui. É um mundo muito antigo habitado por um povo muito inteligente e numeroso. Amam a paz, a tranqüilidade e uma boa conversa: ficam horas contando as coisas uns para os outros. Adoram tecnologia e aprenderam a utilizá-la para o bem de todas as pessoas. Mesmo sabendo da existência de outros mundos habitados não fazem questão alguma de entrar em contato com nenhuma outra civilização e investem boa parte do tempo desenvolvendo tecnologia que ajude a mantê-los no anonimato. Seus corpos são formados apenas por luz. Uma luz azul agradável aos olhos. Conseguem se comunicar através do pensamento e uma informação adquirida é logo compartilhada para todo mundo. O que um sabe todos ficam sabendo. Tudo que é de um é de todos. Não há mentira entre eles e sentimentos mesquinhos e comuns a nós seres humanos não fazem parte do Mundo da Luz.

Locomovem-se de um lugar para outro como a luz e podem viajar por todo o universo sem a necessidade de nenhum tipo de equipamento especial. Quando estão na presença de outros seres, sua luz fica tão fraca que se torna difícil saber que eles estão presentes, a menos que eles queiram o contrário.

São seres não muito grandes. Todos, tanto os masculinos quanto os femininos medem 1,70 m. Possuem olhos, ouvidos, boca e nariz pequenos. Possuem braços e pernas, mas aparentemente por pura questão evolutiva, já que conseguem mover as coisas apenas com o pensamento e locomovem-se como a luz. Nos tempos de paz são muito alegres e simpáticos. Não usam nada para se vestir. Seus rostos são largos e finos e um interessante contraste de luzes marcam bem seus olhos, mas a boca, o nariz e os ouvidos só se consegue ver prestando bastante atenção. Se alimentam de energia (qualquer tipo de energia) e não precisam de mais nada, nem mesmo água. Adoram festas e brincadeiras. Suas principais atividades são: o desenvolvimento de novas tecnologias, descobrir e estudar a cultura de vidas espalhadas pelo universo.

Moram em pequenas, mas luxuosas, construções harmonicamente encaixadas ao meio ambiente do Mundo da Luz. A sabedoria deles é gigantesca. Sua capacidade de raciocínio é muito rápida. É um povo que registra todos os acontecimentos, mas o acesso a essas informações só é permitido, através de um complexo sistema tecnológico, a um ser do Mundo da Luz. É provável que em seus arquivos existam o registro de como surgiram vários mundos, inclusive o nosso. E é provável, também, que nesses registros se encontre a razão que fez esse povo se afastar de todos os outros e de construir tanta tecnologia para se manterem desconhecidos para outros mundos. É um povo guiado por vários líderes e todas as decisões são tomadas em conjunto. Por mais de cem mil anos tiveram poucos problemas com guerras. Raramente precisaram utilizar seus sofisticados equipamentos para se defenderem e jamais utilizaram-se de violência, já que sua inteligência superior sempre lhes apresentava uma saída mais digna. Um detalhe muito curioso desse povo é que eles não podem ser mortos por ninguém. Vivem cerca de cinco mil anos e, ao chegar ao fim desse período, toda sua energia é transferida para o planeta novamente e uma nova vida é criada. Isso garante o equilíbrio do número de habitantes.

Tudo ia muito bem, até o dia em que Xenocrates, um ser de um outro planeta que caiu a muitos anos atrás no Mundo da Luz e que foi acolhido por aquele povo resolveu mostrar quem realmente ele era.

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